As inscrições para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2012 acabam nesta sexta-feira (15). Os candidatos interessados devem acessar o site da prova até as 23h59 (horário de Brasília) de hoje. O pagamento da taxa de inscrição poderá ser realizado até o dia 20 de junho. Até as 20h desta de quinta (14), 5 milhões de candidatos já haviam feito inscrição.
Erros mais comuns durante a inscrição no Enem
CPF
O estudante que for fazer o Enem 2012 precisa ter CPF(Cadastro de Pessoa Física) próprio. Muitos alunos colocam o CPF do pai ou de algum responsável. O sistema do Inep usa o banco de dados da Receita Federal e puxa de lá as informações para a inscrição, como o nome completo do candidato e o da mãe
E-mail e celular
É preciso preencher os dados de contato, como endereço de e-mail e telefone celular, com muito cuidado. Um erro e o candidato pode ficar sem receber comunicações importantes do Inep. Além disso, não vai conseguir recuperar a senha do sistema de acompanhamento da inscrição
Isenção
Estudantes de escolas públicas não precisam pagar a taxa de R$ 35. Durante o preenchimento do formulário, o candidato precisa selecionar se estudou em escola pública ou particular. Se o aluno egresso de uma instituição pública selecionar, por engano, que estudou em escola privada, não conseguirá a isenção de taxa
Município do exame
O estudante precisa escolher o município onde fará o exame e boa parte dos erros na inscrição se concentram nesta etapa. Só precisam ser selecionados a UF e a cidade. Se o candidato mora na cidade de São Paulo, no bairro do Sumaré, tem que selecionar São Paulo -e não a cidade homônima, que fica a 120 km da capital paulista
Necessidades especiais
Se o candidato é portador de necessidades especiais ou precisa de algum atendimento específico, precisa prestar atenção no preenchimento do formulário. É necessário responder "sim" à pergunta "Possui deficiência ou necessidade de atendimento diferenciado?' e, então, indicar o tipo de atendimento
Prova
O exame será aplicado nos dias 3 e 4 de novembro. No ano passado, cerca de 6 milhões de estudantes se inscreveram no Enem e pouco mais de 5 milhões pagaram a taxa que confirma a inscrição. Desde 2009, a prova ganhou mais importância porque passou a ser usada por instituições públicas de ensino superior como critério de seleção em substituição aos vestibulares tradicionais. A participação no exame também é pré-requisito para quem quer participar de programas de financiamento e de acesso ao ensino superior, como o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), o Prouni (Programa Universidade para Todos) e o Ciência sem Fronteiras.
No primeiro dia de provas (3 de novembro), os participantes terão quatro horas e meia para responder às questões de ciências humanas e da natureza. No segundo, será a vez das provas de matemática e linguagens, além da redação, com um total de cinco horas e meia de duração. A divulgação do gabarito está prevista para 7 de novembro, e o resultado final deve sair em 28 de dezembro.
Mudanças no Enem
As mudanças nesta edição dizem respeito, principalmente, à correção da redação: a nota mínima que autoriza uma nova avaliação do texto foi reduzida e se criou a figura da banca de avaliadores. Além disso, será possível ver a redação corrigida, porém, sem possibilidade de recurso por parte do estudante. O ministério também anunciou que vai divulgar, em julho, o "Guia do Participante", com exemplos de redação "de excelência" e explicações sobre a metodologia da correção.
Redação
Na prova deste ano, dois corretores, a princípio, olham a redação do candidato. Se a d
iferença entre a nota final deles for superior a 200 pontos na nota total ou de 80 pontos em cada uma das competências, um terceiro corretor entra em cena. A nota final será a média aritmética simples das menções “mais próximas”.
Caso a discrepância permaneça, uma banca, formada por três avaliadores, corrige novamente o texto. Ela, então, determina a nota final do candidato.
Na prática, o processo ocorre assim: se o corretor A, por exemplo, deu a um candidato nota 95 para a competência 1 (demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita) e o corretor B deu nota 180, a redação será automaticamente corrigida pelo terceiro avaliador, já que a diferença entre as duas menções será de 85.
São cinco competências e cada uma vale 200 -1.000 é a nota máxima na redação. Se as duas notas finais (a soma das cinco competências) tiveram uma diferença superior a 200 pontos entre os dois avaliadores, o terceiro corretor também atua. Em persistindo a discrepância, o texto vai para a banca.
VEJA O QUE MUDOU NA CORREÇÃO DA REDAÇÃO DO ENEM
Processo de correção | Como era (em 2011) | Como ficou (em 2012) |
Número de correções iniciais | Duas | Duas |
Discrepância na nota total | Igual ou maior que 300 na soma | Maior que 200 na soma total |
Discrepância na competência | Não existia | Maior que 80 em qualquer competência |
3ª correção | Supervisor (instância final) | Correção independente |
4ª correção em banca | Não existia | Banca (instância final) |
Esta é a segunda mudança na diferença mínima de pontos para uma nova correção da redação. Nas edições de 2009 e 2010, era preciso que os dois corretores dessem notas com no mínimo 500 pontos de discrepância entre uma e outra para que houvesse uma nova avaliação. No ano passado, o limite caiu para 300; agora, são 200 pontos.
De acordo com o MEC, as redações terão que ter um mínimo de sete linhas para poderem ser corrigidas.
Vista de provas
O anúncio de que os estudantes poderão ver uma cópia da redação do Enem atende, na verdade, a um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), assinado com o Ministério Público em agosto de 2011. No acordo, o MEC se comprometia a liberar a correção do texto no exame de 2012. Foi esse, inclusive, um dos argumentos do governo nos recursos contra as decisões judiciais que obrigavam o ministério a dar vista da prova no ano passado.
FolhadoSertao com UOL
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