Os Professores e técnicos da educação pública no Estado paralisam atividades nesta quarta-feira (30) em adesão à Mobilização Nacional dos Funcionários da Educação.
Segundo o sindicato, mais de 300 mil estudantes devem ficar sem aulas em mil escolas onde lecionam 14 mil docentes. Os servidores reivindicam cumprimento das ascensões previstas no PCCR e pagamento do Piso Nacional junto com gratificações que foram retiradas para implantação das bolsas de cumprimento de metas.
Um protesto está marcado em Brasília, no Distrito Federal, em frente ao Ministério da Educação (MEC), às 10h. O objetivo é fortalecer a luta pelo direito à formação e à valorização profissional dos funcionários e pela regulamentação do piso e das diretrizes nacionais para os planos de carreira dos profissionais da educação.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Paraíba (Sintep-PB), não estão sendo cumpridas as ascensões funcionais previstas no Plano de Cargos Carreira e Remuneração (PCCR) de docentes e ainda não foi aprovado o PCCR dos técnicos-administrativos.
Os Sindicalistas ainda reivindicam melhorias de condições de trabalho, pagamento do Piso Nacional com retorno das gratificações removidas após aplicação das bolsas de produtividade.”O estado diz que paga o piso porque retirou as gratificações e somou o valor destas bolsas, que nem todos recebem e os aposentados não têm direito.
Vários docentes estão com a ascensão funcional desrespeitada e os servidores nem sequer conseguem a aprovação do PCCR, que foi criado há anos. Também queremos aproveitar para definir o acordo quanto ao reajuste de 2014, que ainda não foi contemplado”, explicou a diretora de comunicação do Sintep, Gerlane Maria.
A Secretária de Educação, Márcia Lucena, garantiu que o Estado paga o piso nacional proporcional à carga horária da rede estadual, que é de 30 horas.
Ela ainda negou que as gratificações tenham sido retiradas. “A GED [Gratificação de Estímulo à Docência] foi incorporada, que era uma reivindicação da categoria”, disse. Sobre o PCCR, a secretária informou que uma comissão foi formada para revisar a situação dos professores.Márcia Lucena ainda enfatizou que o professor da rede estadual é valorizado por meio de várias ações. Uma delas é a formação continuada. “A UEPB disponibiliza 8 mil vagas de especialização”, exemplificou.
Outra ação são programas como o Mestres da Educação e o Escola de Valor, que, segundo Márcia, dá a quem demonstra um bom trabalho o 14º salário e até um 15º. “Mesmo com tudo isso, ainda sabemos que está longe do que a gente quer”, declarou a secretária.
“Vale a pena lembrar que 800 horas e 200 dias letivos é lei. Se tem paralisação, tem que repor com a mesma qualidade. Cada professor e escola tem que ter essa consciência”, pontuou Márcia.
Fonte: G1 PB
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