Vários funcionários da Maternidade Peregrino Filho de Patos mantiveram contato com a redação do Hora Exata para denunciar o que consideram um total desrespeito e descaso para com eles. O atraso no pagamento de seus vencimentos do mês de junho pelo visto foi só a ponta do iceberg dos problemas escondidos e agora revelados pelos próprios.
De acordo com eles, além do atraso no pagamento, eles tiveram uma péssima surpresa nesta sexta-feira e sábado após esperarem um mês e 15 dias para receber seus vencimentos e com um desconto até agora inexplicável.
Porteiros, cozinheiros, enfermeiros, técnicos de enfermagem e outros, tiveram de 30 a 40 % de seus salários cortados sem que tivessem nenhuma explicação por parte da Organização Social Fibra que administra o nosocômio. Foi o principal teor da denúncia.
Cozinheiras e porteiros teriam tido desconto astronômicos nos seus contracheques. Alguns que recebiam R$ 720,00 até maio, tiveram descontados R$ 220,00 e receberam abaixo do salário mínimo - R$ 500,00.
Os funcionários reclamaram também que a Maternidade deixou de pagar o salário família, conquista adquirida há anos. "Mal passou por um processo de terceirização e a Maternidade se vê numa situação complicada quando não se paga mais em dia", disse uma enfermeira.
"A promessa de antes caiu por terra de que tudo iria melhorar. Não é o que estamos vendo", disse um funcionário revoltado.
Enfermeiros também denunciaram a redução sem explicação nos seus salários. Uns que recebiam cerca de R$ 1.000,00 tiveram um desconto de R$ 300,00. Outros de até R$ 400,00.
Já os técnicos de Enfermagem tiveram um desconto parecido. Uns que recebiam pouco mais de R$ 800,00, receberam os contracheques constando apenas R$ 600,00.
Um motorista que pediu para não ser identificado revelou que a revolta dos funcionários é grande e muitos pensaram até em entregar os plantões devido às humilhações que vem recebendo.
Eles também tiveram desconto nos seus vencimentos. Dos R$ 900,00 que esperavam receber no fim do mês, receberam R$ 700,00. "Não sei o que fazer. Tinha tudo programado para pagar minhas contas. Agora vou ter que fazer empréstimo para não passar por velhaco. Isto é uma vergonha o que estão fazendo com a gente, desabafou um servidor.
A denúncia do atraso de salários partiu dos próprios funcionários no meio da semana que se finda. Na sexta-feira, os médicos ameaçaram entregar seus plantões até o final da tarde se os vencimentos não fossem depositados em suas contas. Na sexta pela manhã, foi efetuado o pagamento e os demais funcionários ficaram sem receber, o que gerou uma revolta generalizada.
Na manhã deste sábado, eles foram comunicados que os vencimentos estavam nas contas. Mas para tristeza dos profissionais, o desconto astronômico já havia sido efetuado.
A Organização Social FIBRA, que administra a Maternidade Peregrino Filho em Patos, havia esclarecido apenas no meio da semana que problemas bancários e inconsistência de dados de funcionários levaram ao atraso no pagamento do salário no mês de julho.
De acordo com a administração da FIBRA na Paraíba, o atraso teria sido gerado devido a problemas com a transferência entre o Banco Santander e o Banco do Brasil.
Outro agravante seria o feriado em São Paulo (sede da FIBRA) que atrapalhou o envio de documentos.
Segundo eles, alguns funcionários ainda não havia entregues a documentação o que contribuiu com o problema no atraso salarial.
O que ninguém entendeu até o momento é porque os salários foram rebaixados e atrasados.
Até o momento ninguém deu explicação para o corte nos salários dos servidores. A reportagem procurou os administradores, mas não foram localizados. Estamos abertos para maiores explicações.
Fonte: HoraExata
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