Após dizer que não teria agenda até o dia 31 de julho para se reunir com os professores das universidades federais em greve há quase dois meses, o Ministério do Planejamento voltou atrás e informou nesta quinta (12) que marcou um encontro com a categoria amanhã (13), às 15h, em Brasília.
Os docentes estão em greve em pelo menos 55 das 59 universidades federais e em 37 institutos de educação básica, profissional e tecnológica.
Ontem (11), a categoria fez um protesto em frente ao Palácio do Planalto e tentou entregar uma carta para a presidente Dilma Rousseff, pedindo que ela interviesse nas negociações. Os manifestantes se encontraram com um representante da Secretaria-Geral da Presidência da República, que prometeu tentar facilitar as conversas entre os dois lados.
A última reunião entre Planejamento e grevistas aconteceu no dia 12 de junho. Um novo encontro havia sido marcado para o dia 19, mas foi adiado.
Reivindicações
A principal reivindicação do movimento grevista é a reestruturação da carreira docente, por isso, as negociações são feitas com o Ministério do Planejamento. Na última reunião, a pasta propôs que a greve fosse encerrada e que as discussões continuassem com base na carreira do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação). Os docentes não concordaram em acabar com a paralisação.
PRINCIPAIS PONTOS DA REESTRUTURAÇÃO DE CARREIRA DOS DOCENTES DE INSTITUIÇÕES FEDERAIS
* Carreira única para todos os professores das instituições federais (sem a distinção entre Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico
* Estrutura de carreira simples, dividida em 13 níveis, com degraus de 5% na referência salarial, a serem cumpridos a cada dois anos
* Piso salarial com referência no salário mínimo do DIEESE (atualmente R$ 2.329,25), para 20 horas semanais
* Ingresso através de concurso no nível inicial
* Desenvolvimento na carreira que valorize critérios acadêmicos e atribuições que tenham como base o tripé ensino – pesquisa – extensão
* Dedicação Exclusiva como regime preferencial de trabalho
* Restabelecimento da isonomia salarial por meio de remuneração única e uma linha só no contracheque, incorporando todas as gratificações
* Paridade dos docentes da ativa com os aposentados e pensionistas
Fonte: Andes-SN
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