Ansiedade, estresse e frustração formam o trio que frequentemente vitima as unhas e a pele em volta dela. São esses três fatores psicológicos os motivos mais comuns que levam à onicofagia, nome pelo qual o vício de roer as unhas ou a pele em volta dela é conhecido na comunidade científica.
“Além do prejuízo estético, quem roe as unhas é geralmente encarado pela sociedade como uma pessoa insegura, ansiosa, sem controle emocional”, afirma a psicóloga Lara de Almeida.
O hábito, além de prejudicial à imagem social, é também nocivo à saúde. “Precisamos entender que a unha, a cutícula ou a pele são nossa proteção contra agentes externos, como vírus e bactérias que colonizam o nosso corpo. Quando tiramos essas barreiras, nos expomos a esses perigos”, explica Daniella Costa de Menezes, infectologista do Hospital Samaritano, de São Paulo.
Ao roer a pele em volta das unhas, faz-se um trauma, que permite a entrada das bactérias no local, causando infecções - as chamadas paroníqueas - que resultam em inflamação e pus. “Nesse tecido inflamado pode ocorrer a presença de microorganismos, acentuando o processo que, de inflamatório, também passa a ser infeccioso (por fungos como a Candida sp, uma levedura que costuma parasitar esse local)”, diz Octávio Moraes Junior, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
“Se ficam restritas à pele, são menos perigosas. Mas, para quem tem problemas circulatórios, por exemplo, a infecção pode invadir a corrente sanguínea e complicar o quadro. Quem tem problema imunológico também deve estar atento”, alerta Daniella.
O dermatologista chama a atenção também para uma possível deformação: se houver ação na região de meia-lua, que é a parte “viva” da unha, o resultado pode ser uma lâmina irregular, com estriações transversais, caracterizadas por depressões e saliências (unhas em ondas).
“Mesmo com a ação inflamatória ocorrendo na pele das bordas laterais, pode haver descolamento (onicolise) com o consequente aspecto de unha branca ou amarelada”, descreve.
Quem além de roer, engole a unha, pode ter graves problemas gastrointestinais. “Esofagite infecciosa, gastrite, enterocolite por infecção por microorganismos, verminoses, diverticulite ou até apendicite pelos fragmentos de unha não digeridos”, elenca Mônica Viana, gastroenterologista e hepatologista.
O vício também pode prejudicar a dentição, a musculatura do maxilar e a articulação temporomandibular. “É péssimo para a saúde bucal. Pode causar fraturas nos dentes, gengivite e problemas na mordida. Nenhum desses problemas é simples de ser resolvido”, alerta a dentista Érika Abreu Amaral.
Além de todas as complicações decorrentes do ato de roer a unha, há também os perigos de quem leva a mão à boca mais vezes do que o habitual, ficando mais exposto a doenças. “Tudo o que nós tocamos tem bactérias e vírus. Principalmente em locais públicos. A pessoa que coloca a mão na boca está mais propensa a ter problemas como gripe, H1N1, diarreia e hepatite A”, afirma Ligia Raquel Brito, clínica geral do Hospital Edmundo Vasconcellos, de São Paulo. A infectologista Daniella Costa concorda e completa: “Caxumba, rubéola, sarampo e meningites virais também podem ser transmitidas pelas mãos, caso não tenha assepsia adequada.”
Para evitar todas essas complicações é preciso diagnosticar qual fator psicológico está levando a esse tipo de atitude. A descoberta da causa é o primeiro passo para o tratamento desse vício. O uso de esmaltes com sabor desagradável ou o uso de pimenta sobre o esmalte ajuda a lembrar de que aquilo é uma ação negativa, diz o dermatologista Octávio Moraes Junior.
“Além do prejuízo estético, quem roe as unhas é geralmente encarado pela sociedade como uma pessoa insegura, ansiosa, sem controle emocional”, afirma a psicóloga Lara de Almeida.
O hábito, além de prejudicial à imagem social, é também nocivo à saúde. “Precisamos entender que a unha, a cutícula ou a pele são nossa proteção contra agentes externos, como vírus e bactérias que colonizam o nosso corpo. Quando tiramos essas barreiras, nos expomos a esses perigos”, explica Daniella Costa de Menezes, infectologista do Hospital Samaritano, de São Paulo.
Ao roer a pele em volta das unhas, faz-se um trauma, que permite a entrada das bactérias no local, causando infecções - as chamadas paroníqueas - que resultam em inflamação e pus. “Nesse tecido inflamado pode ocorrer a presença de microorganismos, acentuando o processo que, de inflamatório, também passa a ser infeccioso (por fungos como a Candida sp, uma levedura que costuma parasitar esse local)”, diz Octávio Moraes Junior, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
“Se ficam restritas à pele, são menos perigosas. Mas, para quem tem problemas circulatórios, por exemplo, a infecção pode invadir a corrente sanguínea e complicar o quadro. Quem tem problema imunológico também deve estar atento”, alerta Daniella.
O dermatologista chama a atenção também para uma possível deformação: se houver ação na região de meia-lua, que é a parte “viva” da unha, o resultado pode ser uma lâmina irregular, com estriações transversais, caracterizadas por depressões e saliências (unhas em ondas).
“Mesmo com a ação inflamatória ocorrendo na pele das bordas laterais, pode haver descolamento (onicolise) com o consequente aspecto de unha branca ou amarelada”, descreve.
Quem além de roer, engole a unha, pode ter graves problemas gastrointestinais. “Esofagite infecciosa, gastrite, enterocolite por infecção por microorganismos, verminoses, diverticulite ou até apendicite pelos fragmentos de unha não digeridos”, elenca Mônica Viana, gastroenterologista e hepatologista.
O vício também pode prejudicar a dentição, a musculatura do maxilar e a articulação temporomandibular. “É péssimo para a saúde bucal. Pode causar fraturas nos dentes, gengivite e problemas na mordida. Nenhum desses problemas é simples de ser resolvido”, alerta a dentista Érika Abreu Amaral.
Além de todas as complicações decorrentes do ato de roer a unha, há também os perigos de quem leva a mão à boca mais vezes do que o habitual, ficando mais exposto a doenças. “Tudo o que nós tocamos tem bactérias e vírus. Principalmente em locais públicos. A pessoa que coloca a mão na boca está mais propensa a ter problemas como gripe, H1N1, diarreia e hepatite A”, afirma Ligia Raquel Brito, clínica geral do Hospital Edmundo Vasconcellos, de São Paulo. A infectologista Daniella Costa concorda e completa: “Caxumba, rubéola, sarampo e meningites virais também podem ser transmitidas pelas mãos, caso não tenha assepsia adequada.”
Para evitar todas essas complicações é preciso diagnosticar qual fator psicológico está levando a esse tipo de atitude. A descoberta da causa é o primeiro passo para o tratamento desse vício. O uso de esmaltes com sabor desagradável ou o uso de pimenta sobre o esmalte ajuda a lembrar de que aquilo é uma ação negativa, diz o dermatologista Octávio Moraes Junior.
Fonte: IG
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