Os vereadores de Mataraca, há 84 Km de João pessoa, marcaram para próxima terça-feira (29) uma sessão extraordinária para votar um pedido de cassação do prefeito da cidade, João Madruga (PMDB). A alegação do vereador Luis Antônio (DEM) é que o gestor abandonou a cidade sem por longo período, sem comunicação oficial, e por isso está passível de cassação.
Luis apresentou um requerimento baseado no artigo 44 da Lei Orgânica da cidade, que estabelece como período máximo para o prefeito deixar o município, sem ser substituído, o prazo de 15 dias. Porém, o parlamentar afirma que a última vez que o prefeito foi visto na cidade foi no dia 05 de maio, durante o sepultamento de seu pai, conhecido como José Pequeno.
“O prefeito abandonou a cidade e quero a cassação”, disse o vereador oposicionista.
Luis afirmou que a família do prefeito alega que o gestor estaria no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, passando por tratamento médico, porém o MaisPB entrou em contato com o Hospital e, na noite desta sexta-feira (25), nenhum paciente do Sírio Libanês tem o nome do prefeito, João Madruga da Silva.
A proposta de punição ao prefeito seria votada na noite desta quinta-feira (24), mas, de acordo com a presidente da Câmara, Emília Brandão (PSB), os parlamentares de situação abandonaram a sessão. A bancada de situação tem a maioria dos nove vereadores da cidade, cinco. A oposição conta com quatro vereadores, incluindo a presidente da Casa, que é pré-candidata a prefeita.
A vice-prefeita da cidade, Karine Lira (DEM), também faz oposição ao prefeito e seria contemplado como mandato, caso Madruga seja cassado. A vice-prefeita também é pré-candidata a prefeita.
João Madruga não é candidato a reeleição, mas pretende eleger seu primo, Egberto Madruga (PMDB).
A presidente da Câmara disse não acreditar na realização da sessão extraordinária convocada para próxima terça. De acordo com a vereadora, a bancada de situação deve boicotar a sessão.
A Câmara de Mataraca realiza sessões ordinárias uma vez por semana, na quinta-feira às 19:30 horas.
Todos os envolvidos neste episódio eram aliados em 2008, quando Madruga foi eleito.
MaisPB
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