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quarta-feira, 23 de maio de 2012

ROMBO: auxiliar de RC abre a ‘caixa preta’ da Cagepa; revela quais são os principais ‘vilões’ das contas e admite salários ‘astronômicos’ na empresa

O termo ‘Caixa Preta’ no conhecimento popular significa um conceito da Teoria dos Sistemas que designa um sistema fechado, com mecanismos de estrutura interna não abertos à observação. Esse significado foi utilizado na atribuição do nome do aparelho que grava os dados de um voo para posterior estudo das causas de um acidente aéreo, levando-se em conta os aspectos ‘sigilosos’, podemos enquadrar perfeitamente a contextualização do assunto numa reveladora entrevista concedida nesta quarta-feira (23) pela secretaria de Finanças da Paraíba Aracilba Rocha, que sem temer retaliações culpou as prefeituras e os hospitais como os maiores devedores da Cagepa (Companhia de Água e Esgoto da Paraíba). Aracilba também admitiu que alguns servidores recebem salários ‘volumosos’ no órgão.  

“As empresas públicas precisam ter as constas abertas para a população e para os parlamentares. Os maiores devedores da Cagepa são as prefeituras e os hospitais, até porque temos dificuldades de cobrá-los perante a justiça e a própria atividade hospitalar que trata da saúde do cidadão, nos impede de fazer o corte!”, alertou.  

Aracilba desabafou dizendo que essa dificuldade existe desde a criação da Cagepa.  

“Tinhamos um montante de dívidas com o bancos em R$189.000.000,00 e nos continuamos pagando, pois se não pagarmos entraremos no CADIM e não teremos condições de funcionamento”, lembrou.  

Rocha também salientou que alguns débitos foram assumidos pela atual gestão e estão sendo religiosamente cumpridos.  

“Temos outros credores em negociação como a contribuição patronal do INSS, onde pegamos com R$18.000.000,00 de dividas e hoje já está em R$8.000.000,00. O imposto de renda de retenção, CONFINS anterior e o contribuição salarial do servidor da Cagepa”, contou.  

SALÁRIOS: secretária disse que não existem problemas nos salários dos Diretores Executivos da Cagepa.  

“Os engenheiros da empresa recebem salários em torno de R$22.000,00 e um engenheiro do Estado, dando o exemplo da Suplam, recebe em torno de oito e meio salários mínimos. Hoje um engenheiro bem pago pela iniciativa privada recebe em torno de dez a doze salários mínimos”, externou Aracilba, acrescentando que por alguns motivos, os salários subiram mais do que a receita da empresa nos últimos cinco anos.  

“Se a receita da empresa cresceu 35% os salários subiram 70%, mais do que o dobro, os salários dos engenheiros é alto, porém não é ilegal, pois foi feito dentro dos dissídios”, afirmou.  

A responsável pelas finanças do governo Ricardo Coutinho (PSB) também contou que os salários dos engenheiros também pode chegar aos R$33.000,00 com acumulo da gratificação do cargo comissionado e a R$ 40.000,00 com o recebimento de diárias.  

“É bastante alto, o governador não ganha isso! Nem eu e o presidente da Cagepa que ganhamos R$13.000,00!”, disparou.  

Por fim, Aracilba demonstrou acreditar que o empréstimo de R$150.000.000,00 solicitado junto a Caixa Econômica Federal e que aguarda aprovação na Assembléia Legislativa, será determinante na solução do caos na Cagepa.  

“O empréstimo vai resolver o problema da Cagepa e sei ela bem administrada é uma excelente empresa. A Cagepa tem como ter fôlego e o doutor Deusdeth Queiroga tem competência para administrá-la”, profetizou.



PB Agora 

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