O Ministério Público da Paraíba (MPPB) já comunicou a Secretaria de Segurança Pública do Estado e ao Comando Geral da Polícia Militar sobre a decisão que extingue os trabalhos do Serviço de Inteligência da PM.
A provocação do MP para que se manifestasse sobre o assunto foi feita pela Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia da Paraíba (Adepdel), ao constatarem um desvio de competência por parte da Polícia Militar, que vem, por meio do serviço de inteligência, cometendo “usurpação de função pública”.
Houve uma repercussão imediata nas redes sociais e a informação casou repulsa em vários setores da sociedade e entre os policiais militares.
O presidente do Clube dos Oficiais da Paraíba, coronel Francisco de Assis, conversou com a reportagem e lamentou a decisão que vai prejudicar a elucidação de vários crimes e a prisão de bandidos: “quem sofre com isso é a população”.
“80% dos homicídios, assaltos e estupros são elucidados através do pessoal do Serviço de Inteligência que estão nas comunidades de forma discreta. Já a Polícia Civil quando vai parece um Outdoor toda adesiva, os policiais de farda”, comentou o coronel da PM.
Segundo o coronel, ‘a Polícia Civil está usurpando policiamento ostensivo da PM’, conforme consta na Constituição Federal que o policiamento é exclusivamente da Polícia Militar.
De acordo com Francisco de Assis, o trabalho do Serviço de Inteligência está suprindo um vácuo tendo em visto que as investigações estão deficitárias.
O coronel ressaltou que é preciso mexer no sistema de Segurança Pública, que segundo ele, está capenga: “Existem duas meia polícia na Paraíba”.
FOLHADOSERTAO com Portal Correio
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