Ainda vítima de muito preconceito por parte de alguns homens, mas com avanços significativos no tratamento, o diagnóstico precoce do câncer de próstata proporciona ao paciente com a patologia, chances de cura que chegam ao patamar de 90%.
Homens a partir dos 50 anos de idade devem fazem acompanhamento anual com um urologista, tendo em vista que o câncer de próstata é o tipo mais comum de câncer que acomete homens no Brasil, quando retirado os casos de melanoma.
De acordo com o médico oncologista Vinícius Carrera, do Instituto de Câncer do Estado de São Paulo, homens com idade inferior a 50 anos apresentam apenas 1% de chance de desenvolver o câncer de próstata, mas quando acrescida uma década há um crescimento exponencial no risco do diagnóstico positivo. A faixa etária dos 67 anos, é considerada o período em que é registrado o pico no diagnóstico dos casos de câncer de próstata. Conforme o médico ¾ dos casos deste tipo específico de câncer, se concentram em pacientes com idade acima de 65 anos de idade.
Vários fatores de risco influenciam no surgimento da doença, a exemplo do histórico familiar, que alerta para que homens com dois casos confirmados de câncer de próstata na família apresentam maior potencial para desenvolver a doença; dieta rica em gordura e carne vermelha aumentam os riscos e recentemente foi detectado que a obesidade está associada a um pequeno aumento nos casos mais agressivos da patologia.
“Como não possuímos ferramentas para evitar o surgimento de câncer de próstata, precisamos detectá-lo precocemente. É por este motivo que recomendamos o rastreamento da doença a partir dos 50 anos, que consiste em exame de toque retal, que é uma abordagem simples aliado a dosagem no sangue de uma proteína que é produzida pela célula prostática, o exame PSA,” explicou Vinícius Carrera.
Os homens devem ficar atentos para o fato de que o PSA (Antígeno Prostático Específico) não substitui o toque retal. “Até 15% dos pacientes com PSA normal apresentam alteração da próstata no exame de toque. Os dois exames são complementares e não devem ser substituídos,” disse o médico.
O preconceito ainda é considerado o principal obstáculo para o diagnóstico precoce do câncer de próstata. Para o oncologista Vinícius Carrera, insistir em campanhas de conscientização sobre a importância do exame, seria o caminho mais adequado, sobretudo difundi-las em áreas rurais e pequenas cidades, onde segundo ele, há maior preconceito e resistência dos homens.
Segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia, 77% dos homens não realizam exame de toque por preconceito, 54% por medo, e 68% nunca realizaram o exame. Já o Instituto Nacional do Câncer (Inca) prevê que 60 mil casos de câncer de próstata irão surgir este ano em todo o país, deste total, 940 deverão ser registrados na Paraíba.
jornaldaparaiba.
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