A Corregedoria do Departamento Estadual de Trânsito da Paraíba (Detran-PB) está investigando denúncia de que autoescolas, que não possuem autorização do órgão, estão retirando Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs). Elas estariam cobrando valores que vão de R$ 1,5 mil e R$ 2 mil de candidatos não habilitados. Investigação está sendo feita em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos de João Pessoa.
Um levantamento preliminar da investigação identificou pelo menos 25 autoescolas clandestinas espalhadas pelas 223 cidades da Paraíba. Apesar de não terem licença do Detran, elas estariam encaminhando clientes e realizando os testes necessários para a retirada das carteiras. Existe a suspeita da Corregedoria do Detran que os locais funcionariam com a conivência e até mesmo ajuda, de funcionários ligados às Companhias Regionais de Trânsito (Ciretrans) do estado.
Segundo a Corregedoria do órgão, já teriam sido encontrados estabelecimentos em cidades como Campina Grande, João Pessoa, Sousa, Cajazeiras, Princesa Isabel e Conceição. Mas uma ação conjunta e um mapeamento está sendo realizado para inibir a ação desses empreendimentos, que estariam funcionando na clandestinidade.
“Grande parte das que nós encontramos até agora são espécies de filiais de autoescolas que de fato existem, mas não possuem autorização para funcionar em cidades diferentes. Há também o caso de algumas que não possuem legalidade alguma, não têm nenhum tipo de documentação e está enganando aqueles que estão tirando a carteira, porque os documentos não têm validade alguma”, disse o corregedor do Detran, Wallber Virgolino.
Ainda de acordo com a Corregedoria, atualmente na Paraíba cerca de 100 estabelecimentos estão funcionando com autorização do Detran. Walber Virgolino explicou que quando a pessoa for retirar a carteira deve primeiro se certificar de que a autoescola tem alvará de funcionamento e é credenciada pelo Detran. “ São várias denúncias que temos recebido e esse é um problema muito antigo, que estamos desde o ano passado combatendo”, completou o corregedor.
FOLHADOSERTAO com G1 PB
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