Os professores da Universidade Federal da Paraíba rejeitaram mais uma proposta do Governo Federal nesta sexta-feira (3). Com isso, os docentes continuam em greve, que já dura quase três meses. Ao todo, foram 156 votos a favor da continuidade do movimento grevista, três contrários e duas abstenções.
A greve teve início no dia 17 de maio e o resultado do debate será encaminhado ao Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) para compor a análise final da entidade a respeito do documento.
De acordo com análise do Comando Nacional de Greve, a proposta do governo federal sequer recompõe as perdas inflacionárias dos salários de grande parte da categoria. Os valores nominais contidos na tabela tomam como base os salários de julho de 2010 e projeta, também em valores nominais, o que seria o resultado em 2015, omitindo toda a corrosão inflacionária do período, superior a 35%, de acordo com os cálculos do Comando, tomando como referência o ICV/Dieese, e uma projeção futura com base na média dos últimos 30 meses.
Desta forma, são cinco anos de inflação que foram desconsiderados pelos ministros Miriam Belchior e Aloizio Mercadante ao noticiar em entrevista coletiva, na sexta (13), que os docentes teriam até 45,1 % de reajuste.
Além disso, o reajuste inclui os 4% do acordo assinado em agosto de 2011, que só foi cumprido, após forte pressão do movimento, em maio de 2012, retroativo a março deste ano.
Para algumas classes, justamente onde está concentrado um grande número de docentes, há redução de até 8% do valor real da remuneração, como é o caso do professor mestre adjunto 4/DIV4 e do professor doutor associado 1/DV1, ambos em regime de dedicação exclusiva (DE). A proposta apresenta apenas pequeno ganho real para a classe de professor titular, topo da carreira, que hoje representa menos de 10% da categoria.
FolhadoSertao
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