A Paraíba investiu R$ 243 milhões na saúde pública em 2011 e foi um dos poucos Estados a destinar ao setor recursos acima dos 12% do orçamento – percentual mínimo fixado pela lei. Neste sábado (7), data em que se comemora o Dia Mundial da Saúde, a rede hospitalar paraibana consolida um quadro de recuperação operacional em que coloca à disposição da população 31 unidades, que realizam desde simples consultas até procedimentos mais complexos como exames diagnósticos e cirurgias.
As obras realizadas em 2011 puseram em funcionamento muitas dessas unidades de saúde que estavam fechadas e sucateadas, garantindo mais qualidade e eficiência no atendimento às demandas.
Foram criados 311 leitos em hospitais públicos, dos quais 96 em Campina Grande (66 no Hospital de Trauma e 30 no Hospital Pedro I). No Hospital Regional de Cajazeiras, foram mais 13 leitos abertos, enquanto no Regional de Guarabira – que também ganhou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) – foram outros 35.
Neste ano o Governo do Estado está investido R$ 24, 8 milhões em reformas e ampliação de seis unidades de saúde, entre hospitais e maternidades localizadas em várias regiões do Estado. Dos seis estabelecimentos, a Unidade Mista de Belém do Brejo do Cruz e o Hospital Alice de Almeida, em Sumé, já tiveram as obras concluídas. Esses hospitais e maternidades juntos atendem a 127 municípios. Quando estiverem prontas essas unidades oferecerão 509 leitos.
De acordo com a subgerente de Acompanhamento de Serviços de Engenharia Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde, Teresa Cristina de Assis Lira, as unidades que continuam em obras são o Hospital Santa Filomena (Monteiro), o Hospital Regional de Picuí, o Hospital Regional de Pombal e o Hospital Distrital de Taperoá. Em Picuí e em Monteiro a previsão de conclusão é para o mês de outubro, em Pombal o término está previsto para abril e em Taperoá, para este mês.
Gestão participativa – O secretário Waldson Souza explicou que agora a saúde na Paraíba vem sendo administrada de forma transparente e clara com a participação dos municípios que deram sugestões durante a realização das plenárias do Orçamento Democrático. Nesses encontros várias ações foram discutidas e definidas em comum acordo não só na área de saúde como em todos os setores da administração estadual.
De acordo com o secretário, o atendimento de saúde que compete ao Estado é o hospitalar, que se caracteriza pela alta complexidade. "Em 2011, aprendemos muito. Tivemos que começar a pensar a saúde como um sistema, e não como uma colcha de retalhos de eventos separados que, no final, resultava em pouca coisa”, destacou.
"Ao longo desse período, o Governo do Estado enfrentou problemas para administrar e colocar a saúde para funcionar devido à situação de descaso e sucateamento em que encontrou a rede hospitalar. Mas com determinação e força de vontade e a parceria com os municípios tudo está voltando ao normal e a população paraibana de fato está podendo desfrutar de um sistema de saúde com qualidade e eficiência, o que não acontecia nos últimos anos”, avaliou Waldson Souza.
Medicamentos – O Governo do Estado tentou de várias maneiras resolver os problemas da falta de medicamentos excepcionais junto aos laboratórios e como não conseguiu teve que pedir a intervenção do Poder Judiciário, já que os fabricantes desses remédios insistiam em descumprir a lei. Eles não queriam abrir mão da desoneração dos 17% do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
A situação foi resolvida e os medicamentos voltaram a ser entregues normalmente em todo o Estado. O secretário informou que o Estado investe anualmente cerca de R$ 30 milhões na compra desses medicamentos e em 2011 o valor investido ultrapassou os R$ 50 milhões, por causa do pagamento de dívidas da gestão passada.
Suporte assistencial – Além dos investimentos que vêm sendo realizados na rede hospitalar, o Governo do Estado também tem investido na construção de serviços intermediários de saúde, a exemplo das Unidades de Pronto Atendimento (UPA). A unidade de Princesa Isabel, com inauguração prevista para este mês, está orçada em R$ 3,3 milhões, referentes às obras e aquisição de equipamentos.
Quando estiver em funcionamento, a unidade também beneficiará as cidades de Água Branca, Imaculada, Juru, Manaíra, São José de Princesa e Tavares, englobando 80 mil pessoas. A UPA prestará atendimento diário, durante 24 horas, aos pacientes em situação de menor gravidade, reduzindo a demanda de casos de baixa complexidade na rede hospitalar.
Já a UPA de Cajazeiras está em fase de conclusão e deverá ser inaugurada no próximo mês. A unidade deverá atender mais de 200 mil pessoas de 17 cidades do Alto Sertão.
Na UPA de Guarabira foram investidos R$ 3,5 milhões, sendo R$ 2,5 milhões nas obras e R$ 1 milhão em equipamentos. Em dois meses, a unidade já atendeu a cerca de 5,8 mil pessoas.
O coordenador de Urgência e Emergência da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Walber Alves Frazão Júnior, explicou que as UPA trabalham em parceria com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Emergência (Samu) 192 que atende a mais de 2,5 milhões de paraibanos em 201 municípios da Paraíba.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Waldson Dias de Souza, as UPA estão contribuindo para a organização dos atendimentos de urgência e emergência e funcionam como porta de entrada para os atendimentos de urgências pediátricas e clínicas. Esse tipo de unidade funciona como intermediária entre as unidades básicas de saúde e os hospitais, com o objetivo de descentralizar e agilizar o atendimento, diminuindo o risco de morte dos pacientes.
"É importante destacar que a UPA não é um hospital ou Posto de Saúde da Família (PSF), ele é um suporte assistencial para urgências e emergências clínicas, evitando que o usuário faça uso dos hospitais de maior complexidade, tendo como objetivo resolver mais de 80% dos casos, além de reduzir a transferência de pacientes, implantando acolhimento com classificação de risco”, disse o secretário.
Samu – O Governo do Estado investiu em 2011 R$ 6,9 milhões no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Para este ano a previsão de investimento mensal será da ordem de R$ 3 milhões com a qualificação e aumento de repasses por parte do Ministério da Saúde, informa o coordenador da Rede de Urgência e Emergência da SES, Walber Alves Frazão Júnior.
Ele explicou que o Samu é custeado pelo Ministério da Saúde (50%), pelo Governo de Estado (25%) e pelos municípios que possuem bases descentralizadas (local onde ficam as equipes e viaturas) ou Centrais de Regulação Médica de Urgência (que atendem os chamados do 192 (25%).
Além do compromisso da contrapartida estadual e mensal de quase R$ 7 milhões em 2011, o Estado investiu R$ 659 mil na compra de um sistema de radiocomunicação para otimizar o atendimento das centrais e ambulâncias.
Na Paraíba já existem 87 bases descentralizadas e 141 ambulâncias atendendo a mais de 2,5 milhões de pessoas em 201 municípios.
Secom-PB
1 comentários:
Parabéns ao Governador da Paraíba e aos políticos que investem na saúde pública, que sirva como exemplo para outros estados.
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